ALI HÁ NEGÓCIO...

Não vou falar de novidade nenhuma.
O caso é por demais conhecido - pelo menos desde que, aqui há uns quatro meses, veio a público.
É certo que, a partir de dada altura, praticamente não se voltou a falar do assunto. Sabe-se lá porquê, sabe-se lá para quê...

A propósito, sempre me interroguei sobre as razões pelas quais uma coisa tão obviamente... irregular (digamos assim, para simplificar...) era tratada de maneira tão... sem consequências (digamos assim, para simplificar...)
E creio bem que continuarei a interrogar-me sobre o assunto durante muito, muito tempo...

Mas vamos ao que interessa: o caso veio à baila ontem no tribunal que está a tratar do caso SLN/BPN/Oliveira e Costa & Cia.
E o caso é este: «Cavaco Silva e a filha, Patrícia Cavaco Silva Montez, compraram 250 mil acções a Oliveira e Costa a 1 euro cada, apesar de o arguido as ter adquirido a 2,1 euros cada» - quer isto dizer que o arguido (Oliveira e Costa) perdeu no negócio qualquer coisa como 275 mil euros.
Dois anos depois, Cavaco Silva e a filha venderam ao BPN, a 2,4 euros cada, as acções que haviam comprado a 1 euro - o que quer dizer que lucraram com o negócio qualquer coisa como 350 mil euros.

Ora, como escrevi lá em cima, não se trata de novidade nenhuma.
Mas confesso que este é, para mim, um mistério profundo - ou, dizendo com mais rigor, um duplo mistério.

Assim:
1 - o que é que leva um homem de negócios, com notável currículo, a fazer um negócio que logo à partida lhe causa um prejuízo de 275 mil euros?
2 - o que é que leva um cidadão e a filha a, sem se interrogarem, fazerem um negócio que lhes traz assim, de mão beijada e do pé para a mão, um lucro de 350 mil euros?

No que me diz respeito, estou convencido que ambas as partes envolvidas no negócio sabiam o que estavam a fazer; sabiam que o negócio era assim mesmo; sabiam que o prejuízo e o lucro eram os que eram...
E assim sendo, sabiam também o que ninguém mais sabe.
A saber: que ali há NEGÓCIO...

11 comentários:

  1. para qualquer pessoa isto é óbvio. Só para a "Cavacal figura", seus seguidores e comunicação social é que não há nada que prove o contrário. já dizia a minha avó: não há fumo sem fogo!

    Abraço revolucionário.

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  2. Precisam de nascer 50 vezes para serem como Cavaco!...

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  3. Todos sabem «que ali houve negócio...»,mesmo aqueles que entende que não se deve saber.

    Um abarço.

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  4. Esse parece ser apenas «um negócio» que conhecemos do Professor Cavaco Silva, fora os outros que desconhecemos por completo.

    (Jorge)

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  5. Nessa altura ele era apenas um "mísero" professor... portanto, muito provavelmente, também seria muito estúpido...

    Abraço.

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  6. Que há negócio, há. Explicá-lo deve ser fácil para eles mas difícil para nós que não estamos metidos no "NEGÓCIO"

    Um beijo.

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  7. Vá-se lá saber... mas honesto, honesto, não é...

    Um beijo grande.

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  8. Discordo !
    Por definição a palavra negócio não tem, necessariamente, uma conotação negativa.
    Nesse sentido, e na minha opinião, ali não houve negócio, houve sim, corrupção !

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  9. Cavaco - o coiso eleito?

    Isto não é fácil

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  10. Há negócio e dos grandes!
    UM Abraço

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