POEMA

(De uma entrevista qualquer num jornal inquiridor: «Mas estarão os comunistas dispostos a aceitar o princípio da "alternância" no poder?»)



«Democracia é alternância»
repetiu de novo a embalar o tédio,
um senhor de sonho espesso.

Como se fosse possível - ó glória! ó ânsia! -
construir um prédio,
mudando de vez em quando
os mesmos tijolos do avesso.


José Gomes Ferreira

4 comentários:

  1. Cada vez que leio este poema ficou com um sorriso. Porque é mesmo assim a alternância, e o Zé Gomes foi brilhante neste escrito.

    Um beijo grande.

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  2. Não fácil perceber isto, Zé Gomes Poeta lúcido!!

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  3. Há quem pense que é... e o resultado está à vista.

    Abraço.

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  4. Mas não podemos desistir. Nada de remandos ou alternâncias. A vitória é difícil, mas é nossa.

    Um beijo.

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