BALADA DAQUELE QUE CANTOU NA TORTURA
E se houvesse que voltar
atrás eu voltaria
Uma voz sobe dos ferros
e fala de um outro dia
Dizem que na sua cela
dois homens tinham entrado
Sussurravam: Capitula
vê-se que estás cansado
Podes viver a vida
acata os nossos conselhos
diz a palavra que livra
e viverás de joelhos
E se houvesse que voltar
atrás eu voltaria
A voz que sobe dos ferros
fala já para o novo dia
Só uma palavra e a porta
abre-se logo e tu sais
Assim o carrasco exorta
sésamo: Não sofras mais
Uma palavra só mentira
o teu destino retém
na doçura das manhãs
pensa pensa pensa bem
E se houvesses que voltar
atrás eu queria ir
A voz que sobe dos ferros
fala aos homens do porvir
Aragon
Numa palavra vender a Honra e a sua condição de Homem de coluna vertical? NUNCA!!!!!
ResponderEliminarBelo poema.
Um beijo grande.
Muito bom!
ResponderEliminar(e a tradução também)
Abraço.
Muito bem, Aragon e obrigado ao colectivo do «Cravo de Abril» pela sua publicação.
ResponderEliminar(Jorge)
"E não falou!!!!"
ResponderEliminarEsta fantástica frase aplica-se a tantos seres torturados até à morte
sem terem sequer feito uma denúncia que porventura lhes salvaria a vida,
É uma frase de bom cinema de resistência, mas também referente a HERÓIS da vida real.
Um beijo.
Fala aos homens do porvir
ResponderEliminarFala aos homens d´agora
Daqueles que a sorrir
Sem vergar se vão embora
Maria: nunca, seja qual for a situação.
ResponderEliminarUm beijo grande.
samuel: é da Luiza Neto Jorge...
Um abraço.
Jorge: um abraço, camarada.
Graciete Rietsch: nos nossos 90 anos de História temos muitos exemplos desses.
Um beijo.
Bolota: muito bem!
Um abraço.