LUTAR SEMPRE

Na última semana de Dezembro, o Governo grego fez passar no Parlamento um orçamento que constitui um novo e brutal ataque contra salários e direitos dos trabalhadores.
As medidas contidas nesse orçamento correspondem a condições exigidas pela União Europeia e pelo FMI para desbloquear uma «ajuda» de 110 mil milhões de euros.
Isto é: lá como cá, quem paga as «ajudas» - que o mesmo é dizer: quem paga a «crise»... - são os trabalhadores.
Quanto aos responsáveis pela «crise», esses vão fornecendo «ajudas» - «ajudas» que, engordando-os a eles, vão provocar mais desemprego, mais exploração, mais miséria.
É assim o capitalismo: lá como cá - como em qualquer país onde ele domine.


Este orçamento da Grécia, surge após um ano marcado por fortíssimas lutas levadas a cabo pelos trabalhadores gregos - entre elas as históricas 14 greves gerais.
Quer isto dizer que «não vale a pena lutar»?
Não: isso é o que propalam os ideólogos do capitalismo, assim procurando desanimar e desmotivar os trabalhadores; levá-los a descrer nas suas capacidades de resistência e de luta; torná-los espectadores passivos (gratos, até...) da exploração a que são submetidos; convencê-los de que não há alternativa à exploração e à opressão capitalistas, que o capitalismo dominante é o «fim da história», que o socialismo e o comunismo estão «definitivamente mortos e enterrados»...

Ora, o que as lutas dos trabalhadores gregos (como as dos trabalhadores portugueses, franceses, espanhóis, etc. - em cada caso específico de acordo com muito específicas condições concretas) mostram claramente é que não só vale a pena como é indispensável lutar.
E que a luta - caminho necessário para fazer frente à política de direita e às suas consequências - é caminho certo para o futuro, se tiver sempre o socialismo e o comunismo no horizonte.

Lutar sempre!
Com a consciência das enormes, das gigantescas dificuldades da luta.
Com a consciência de que, por vezes, somos derrotados.
Com a consciência de que, muitas vezes, os resultados da luta não são imediatamente visíveis.
Com a consciência de que cada luta, seja qual for o seu resultado imediato, é uma semente das lutas do futuro.

Com a consciência de que quem luta nem sempre ganha, mas quem não luta perde sempre.

10 comentários:

  1. É isso! O melhor do que fazemos é sementeira de searas futuras... semente a semente.

    Abraço.

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  2. Exactamente!
    E não nos cansaremos de dizer que a Luta é o caminho!

    Um beijo grande.

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  3. Continuaremos a luta e quando as dificuldades nos tocarem mais, diremos as palavras de Zé Gomes Ferreira;

    “Não fiques para trás, ó companheiro, é de aço esta fúria que nos leva”

    Bjs,

    GR

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  4. Sem luta cai-se no conformismo.

    "A Vitória é difícil,mas é nossa"

    Um beijo.

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  5. Despertar, cada manhã, ensina que só resistiremos lutando.

    Um abraço!

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  6. Concordamos inteiramente com o seu texto, mas é preciso acrescentar que ao contrário da Grécia, aqui tem sido a falta dessa luta que tem permitido ao governo capitalista aplicar sempre mais.

    O caso de se recorrer aos tribunais e não combinar esta atitude com a luta de massas para impedir a redução dos salários é um sinal bem claro, que a troco de uma decisão favorável aos trabalhadores por parte do Tribunal Constitucional, os dirigentes sindicais abdicarão, com mais uma ou outra manifestação de "protesto" para sacudir a água do capote, de tudo o resto que contêm as medidas de austeridade e inclusivamente a exigência do acordo sobre o Salário Minimo Nacional.A exemplo do passado estas atitudes provam bem até que ponto os dirigentes sindicais estão na disposição de colaborarem com o Governo na recuperação capitalista. Só não vê quem não quer...

    Sobre as condições especificas concretas para a existência dessa luta de massas como na Grécia elas existem em Portugal, o que não existe cá é uma PAME e um Partido Comunista como existe na Grécia e é sobre este problema que é necessário nos questionarmos.

    Um Abraço
    A Chispa!

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  7. e se tivesse existido solidariedade com a luta do proletariado Grego, por parte dos outros proletariados e partidos ditos comunistas, nos outros paises da europa, possivelmente o proletariado Grego não seria tão massacrado e obrigaria o governo capitalista Grego a recuar nas suas politicas reaccionárias.

    A Chispa!

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  8. A luta é o caminho e é esse que vamos seguir.

    Um abraço.

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  9. samuel: semente a semente até à seara final...
    Um abraço.

    Maria: e não nos cansaremos de lutar.
    Um beijo grande.

    Antuã: sempre.
    um abraço.

    GR: Vozes ao alto! vazes ao alto!...
    Um beijo.

    Graciete Rietsch: o conformismo, a resignação é o buraco em que eles nos querem meter...
    Um beijo.

    CRN: é isso.
    Um abraço.

    joão l.henrique: não há outro.
    Um abraço.

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