POEMA

A CADA UM CHEGA UM POUCO...


A cada um chega um pouco
do que para todos chega.
Quem o quer diz-se que é louco.
Mas por que é que se lho nega?
É porque a verdade assusta
que a mentira persuade.
A unidade mais justa
nasce da variedade.
Querer só não é querer.
Não há querer sem acção.
O próprio pão, para o ser,
primeiro rebenta o chão.


Armindo Rodrigues

4 comentários:

  1. Tão claramente verdadeiro, este poema...
    'o próprio pão, para o ser,
    primeiro rebenta no chão.'
    É lindo!

    Um beijo grande.

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  2. Primeiro rebenta o chão.
    A vida ao germinar
    Duma semente, dum grão
    Outro ser a palpitar

    Porque estamos na consuada...
    A todos Festas Felizes
    Pro Bolota rabanadas
    As prendas são pros Petizes.


    Abraços

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  3. Comentário para quê? O poema fala por si.

    Um beijo.

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