POEMA

SALA DE CONCERTOS


XXXIII


(Lápide.)


Mozart morreu. E no meio da tempestade
de neve e abandono,
dois gatos-pingados
de rendas de luto
e vénias de minuete
lançaram o caixão
na vala comum,
a assobiar.

Todo o planeta
passou a ser a cova viva de Mozart.


José Gomes Ferreira
à(s)

3 comentários:

  1. Justine28 de agosto de 2010 às 18:34

    Duro como um diamante, o poema.

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  2. samuel28 de agosto de 2010 às 19:51

    Pena... que entre muitos dos que hoje lhe oferecem flores... continuem as rendas de luto e vénias de minuete atirando a cultura para a vala comum a assobiar.

    Abraço.

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  3. Maria29 de agosto de 2010 às 06:33

    Tão forte e tão intenso...

    Um beijo grande.

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