POEMA

RUAS DESERTAS


XVII


Vou a cantar! Vou a cantar!

...mas cada vez mais próximo da Esquina
onde está talvez à minha espera...
a Garra.

Saída do outro lado do Ar...
a Garra.
Pendida da pele da sombra...
a Garra.
Implacável no silêncio curvo...
a Garra.

Mas talvez não seja ainda naquela Esquina.
Talvez só na outra mais adiante
onde se vê uma ave a esvoaçar
na somba do muro...

(O melhor é cantar! O melhor é cantar!)


José Gomes Ferreira
à(s)

5 comentários:

  1. Graciete Rietsch20 de agosto de 2010 às 16:42

    Cantar e continuar à procura da ave que esvoaça!!!

    Um beijo.

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  2. Maria21 de agosto de 2010 às 00:04

    Cantar espanta o Medo, dizem...

    Um beijo grande.

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  3. samuel21 de agosto de 2010 às 00:43

    Nunca foi a solução... mas foi sempre uma boa ajuda!

    Abraço.

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  4. Justine21 de agosto de 2010 às 10:59

    Cantar e ter esperança, canta e caminhar! É isso, Poeta!

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  5. Fernando Samuel21 de agosto de 2010 às 19:57

    Graciete Rietsch: cantar, cantar sempre...
    Um beijo.

    Maria: e eu acho que era verdade...
    Um beijo grande.

    samuel: uma muito grande ajuda.
    Um abraço.

    Justine: pode ser que ela, a Garra - o pide - não esteja ainda naquela Esquina...
    Um beijo.

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