POEMA NUMA ESQUINA DE PARIS
Dezenas e dezenas de pessoas passam ininterruptamente ao longo do passeio.
Umas para lá.
Outras para cá.
Umas para cá.
Outras para lá.
Mas cada uma que passa
tem de fazer na esquina um pequeno rodeio
para não se esbarrar com o par que aí se abraça.
Olhos cerrados, lábios juntos e ardentes,
tentam matar a inesgotável sede.
Através dos seus corpos transparentes
lê-se na esquina da parede:
DANS CETTE PLACE A ÉTÉ TUÉ
MAURICE DUPRÉ
HÉROS DE LA RÉSISTANCE:
VIVE LA FRANCE.
António Gedeão
Meu grande poeta amigo que eu nunca conheci a não ser através dos seus livros, é por isso que eu gosto tanto de Paris.
ResponderEliminarBeijos camarada. Belos poemas escolhes.
O encontro do amor e da resistência numa esquina, em Paris...
ResponderEliminarBelo!
Um beijo grande.
"Através dos seus corpos transparentes"...
ResponderEliminarÉ muito bom! Que maneira de dizer que os resistentes não morrem em vão!
Abraço.
Que belíssimo retrato!!
ResponderEliminarQue belíssimo retrato!!
ResponderEliminarBoa tarde.
ResponderEliminarEu comecei recentemente a seguir este blog e tenho de admitir que adorei alguns dos seus textos e poemas. Gostaria de lhe perguntar se não se importava que eu recomendasse a leitura do blog Cravo de Abril no meu blog Drunk Cat Poetry, no qual publico poemas escritos por mim e por outras pessoas.
Abraço de um leitor assíduo =)
Mário Carreiro