POEMA

O CICLO DO ÁLCOOL


1

Quando seu Silva Costa
chegou na ilha
trouxe uma garrafa de aguardente
para o primeiro comércio.

A terra era tão vasta
havia tanto calor
que a água
parecia não ter potência
para acalmar a sede da sua garganta.

Seu Silva Costa
bebeu metade...

E a sua garganta ganhou palavra
para o primeiro comércio...


Francisco José Tenreiro

(«Ilha de Nome Santo»)
à(s)

4 comentários:

  1. Graciete Rietsch1 de maio de 2010 às 12:07

    O alcool é outro ópio que empobrece as mentes dos que muitas vezes a ele recorrem na tentativa de aliviar o seu sofrimento. E quem o trafica sabe bem disso.
    Outro poema grandioso pela simplicidade e pela mensagem.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  2. Justine1 de maio de 2010 às 13:00

    Vergonha das vergonhas, não conhecia este poeta são-tomense! Tu és a minha enciclopédia poética:)) Obrigada
    E Vivó 1º de Maio
    (e parabéns pelo 3º aniversário e pela cara "lavada":))))

    ResponderEliminar
  3. Nelson Ricardo1 de maio de 2010 às 20:33

    A oportunidade de negócio surge quando se consegue inventar novas formas de fazer sofrer o outro.

    Um Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Fernando Samuel3 de maio de 2010 às 19:42

    Graciete Rietsch: vais gostar muito de FJT.
    Um beijo.

    Justine: 3 anos é muito tempo...
    Obrigado.
    Um beijo.

    Nelson Ricardo: o negócio é isso mesmo.
    Um abraço.

    ResponderEliminar