POEMA

CONDUTORES DE MÁQUINAS


Contacto:
os tempos do motor
transpiram a sua segurança de máquinas
- solda-se o braço no volante preso
e bate o coração no mesmo passo.

Olho estes homens condutores de máquinas
na simples ganga azul
do seu trabalho,
e é uma raça nova que aos meus olhos nasce
- nervos e eixos, êmbolos e veias,
são o mesmo aço.


Joaquim Namorado

(«Arquitectura»)

7 comentários:

  1. Aço de que são feitos estes homens.
    E outros, e outros...

    Um beijo grande

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  2. Estes hinos ao trabalhador (e ao trabalho) são de outro tempo. Hoje o trabalho é considerado um fardo e o trabalhador uma mercadoria...
    É preciso voltar a dar valor àquilo que realmente o tem!

    Abraço.

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  3. Uma merecida homenagem aos trabalhores. "E assim se tempera o Aço"...
    beijo,

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  4. "Assim foi temperado o aço".
    "A aurora é lenta, mas avança".
    Mas é tudo tão lento e o tempo anda tão depressa!!!!!!!

    Um beijo.

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  5. Grande hino aos trabalhadores. Eles que fazem trabalhar as máquinas, que dão utilidade às máquinas, mas que não são máquinas, são a força viva da Humanidade.

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  6. São a mesma força, mas é preciso que tenham consciência disso!

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  7. Maria: os transformadores...
    Um beijo grande.

    samuel: hoje é o tempo em que o trabalho (o emprego) deixou de ser considerado um direito humano...
    Um abraço.

    smvasconcelos: este poema foi escrito quando esse romance apareceu...
    Um beijo.

    Graciete Rietsch: a nossa vida é que é... pouca para ver o que queremos (e merecíamos) ver...
    Um beijo.

    Nelson Ricardo; à classe operária...
    Um abraço.

    Justine: enquanto classe, têm: aguardemos...
    Um beijo.

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