DESAFIO
Desafio,
travo de amora silvestre,
agulhas da chuva no rosto,
soco do vento contrário,
distância além do horizonte,
vem
desafio
salutar vem,
revigorante vem
dizer-me que não sou capaz
para que te prove que sou.
Vem, desafio,
esfarrapa a flanela do dia-a-dia
com as tuas patas de corcel selvagem
que faiscam estrelas do chão,
galopa nas trevas e vem,
atravessa os povoados e vem,
carregado da palavras duras,
de palavras autênticas,
de palavras-palavras,
bate na minha vidraça
e na dos meus companheiros
para que acordemos todas as manhãs
plenamente
quando os galos acordam.
Sidónio Muralha
(«Poemas de Abril» - 1974)
E que belo desafio este!
ResponderEliminarAbraço.
Apetece ir. Para dizer que conseguimos!
ResponderEliminarTão bonito!
Um beijo grande.
Muito lindo! E temos o desafio à porta. O poeta merece que mostremos que somos capazes!!!!!!
ResponderEliminarUm beijo.
Desafio irresistivél!
ResponderEliminarbeijo
samuel: e estimulante!...
ResponderEliminarUm abraço.
Maria: dizia o Jean Cocteau: «ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez»...
Um beijo grande.
Graciete Rietsch: e seremos capazes.
Um beijo.
Que beleza!
ResponderEliminarJustine: um beijo amigo.
ResponderEliminarOlha não tenho direito a beijos....
ResponderEliminarEstás zangado comigo?!
Ana Camarra: falha imperdoável, mas explicável: as horas a que comentaste e a que eu respondi aos comentários coincidem, pelo que só agora vi a tua observação ao «desafio irresistível»...
ResponderEliminarE aqui vai o beijo: grande, de muita amizade, de muita camaradagem.