POEMA

A ÚLTIMA MOEDA


Gasta a última moeda, companheiro,
e avança contra o vento contrário,
homem despedaçado mas inteiro,
nem tu, nem ninguém escreve o teu diário,

- mas se o entusiasmo fosse dinheiro
serias milionário.


Sidónio Muralha

(«Os Olhos das Crianças» - 1963)
à(s)

6 comentários:

  1. Op!17 de fevereiro de 2010 às 22:14

    Pode parecer uma atitude fugaz, mas o entusiasmo de um só pode fazer tremer uns quantos milionários!

    ResponderEliminar
  2. samuel17 de fevereiro de 2010 às 22:41

    Eu próprio... teria mais uns euros por aí no porta-moedas... :-)))

    Abraço.

    ResponderEliminar
  3. GR17 de fevereiro de 2010 às 22:50

    Esta poesia alimenta e fortalece, esta nossa vontade de lutar.

    Bjs,

    GR

    ResponderEliminar
  4. svasconcelos18 de fevereiro de 2010 às 00:05

    Um dos méritos do Sidónio Muralha é a sua extraordinária capacidade de sumarizar as grandes ideias e convicções com uma construção simples e precisa de palavras belas... e assim contagiar-nos com o seu (nosso) entusiasmo. Um dos poetas que mais gosto, mesmo!
    beijo,

    ResponderEliminar
  5. Graciete Rietsch18 de fevereiro de 2010 às 00:08

    O espírito de luta não esmorece.
    Seguindo o exemplo dos que lutam e sempre lutaram, dos que morrem lutando, dos que usam os seus escritos e poemas como arma de luta e pelos que sofrem, só poderemos orientar todo o nosso percurso usando a frase de Dolores Ibarruri "Não passarão".
    Um beijo,camarada.

    ResponderEliminar
  6. Maria18 de fevereiro de 2010 às 00:18

    Grande poema de força!

    Um beijo grande.

    ResponderEliminar