POEMA

CAPOEIRA


Sacudindo subitamente o silêncio e o sono, um galo
anunciou alegremente a madrugada.
E bom será declará-lo:
aquilo não foi um canto, foi um grito
vibrado como um dardo. Um grito
lúcido, largo, límpido como a madrugada.

Na impossibilidade de ser julgado o galo,
o dono vai responder pelo delito.

Mais nada.


Sidónio Muralha

(«Companheira dos Homens» - 1950)

7 comentários:

  1. Não se acorda impunemente o mundo. Não vá ele acordar realmente...

    Abraço.

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  2. Assim era. E vou ouvir 'Para que nunca mais', da Voz mais bonita...

    Um beijo grande.

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  3. Pois, se não fostes tú. foi o teu galo!
    Abraço

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  4. Acordemos com o cantar do Galo, antes que seja tarde!

    Lindo poema.

    Bjs,

    GR

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  5. Shiiiiuuu, nada de galos a acordar as pessoas! Pode lá ser!

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  6. samuel: se necessário, prende-se o dono do galo...
    Um abraço.

    Maria: essa é a voz do canto da madrugada: linda, linda.
    Um beijo grande.

    poesianopopular: ou isso...
    Um abraço.

    Graciete Rietsch: sem dúvida.
    Um beijo.

    GR: ele canta a Madrugada.
    Um beijo.

    Justine: o canto do galo é um perigo...
    um beijo.

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