O PEQUENO PERSA
É um pequeno persa
azul o gato deste poema.
Como qualquer outro, o meu
amor por esta alminha é materno:
uma carícia minha lambe-lhe o pêlo,
outra põe-lhe o sol entre as patas
ou uma flor à janela.
Com unhas e dentes e obstinação
transforma em festa a minha vida.
Quer-se dizer, o que resta dela.
Eugénio de Andrade
(«O Outro Nome da Terra» - 1988)
Ah Eugénio, o que tu sofreste com a morte desses teu persa. Mas os poemas fulgurantes que ele te fez escrever!
ResponderEliminarComo qualquer gato que se preza... :-)))
ResponderEliminarAbraço.
Ai, os gatos! E como o Eugénio os tributou!
ResponderEliminar:))
beijos,
Os gatos são seres especiais.
ResponderEliminarbeijo
Por mim o Eugénio é um poeta especial...
ResponderEliminarUm beijo grande