CASA NA CHUVA
A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei porque voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora,
já não vem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.
Eugénio de Andrade
(«Escrita da Terra» - 1971-1975)
A chuva e as oliveiras são eternas...
ResponderEliminarAbraço.
Como gostava que a chuva tivesse a beleza deste poema.
ResponderEliminarBjs,
GR
E como eu gosto de andar à chuva, e do cheiro a terra molhada...
ResponderEliminarE como Eugénio faz um poema tão belo sobre... a chuva e a mãe...
Um beijo. Grande.
samuel: e a mãe, claro...
ResponderEliminarUm abraço.
GR: às vezes tem: depende...
Um beijo.
Maria: é a memória triste, triste, da infância...
Um beijo grande.
No rosto das mães de vez em quando chove!
ResponderEliminarAbraço
Ana Camarra: e no dos filhos também...
ResponderEliminarUm beijo.