POEMA

VIAGEM ATRAVÉS DE UMA LÁGRIMA


Nós, comunistas,
não habitamos
o deserto
nunca.

Há sempre
alguma coisa
alguém
uma palavra
uma canção
um nome
que de repente
se transforma em lágrima.

A lágrima
ao sol
é um pequeno punho
de cristal.


Mário Castrim

8 comentários:

  1. Cada lágrima traz o sal que temperará os sorrisos a haver...

    Abraço.

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  2. Estes poemas do Castrim são, todos eles, belíssimos!

    Um beijo grande

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  3. O deserto não pode ser habitável por quem é sensível às lágrimas da humanidade.
    beijos,
    Sílvia

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  4. Na suavidade das palavras de Mário Castrim, o deserto fica repleto de afectos.

    bjs,

    Gr

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  5. A sensibilidade e humanismo carácter nosso só nosso, inspira quem aqui vem...

    É belo e reconfortante percorrer as vossas palavras...

    Viva o Cravo de Abril e todos aqueles que todos os dias o enchem de progresso ideal luta e camaradagem!!!

    Beijos revolucionários

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  6. Fernabdo Samuel

    Segundo Mário Lino eu habito no deserto...
    O que eles não percebem, ou não querem, é que a união em torno de um ideal, de uma certeza, nos dá força de fazer o deserto florir.

    Beijos

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  7. "A lágrima
    ao sol
    é um pequeno punho
    de cristal"

    de que vale dizer mais?

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