POEMA

ENTRE PATRÃO E OPERÁRIO


Entre patrão e operário,
entre operário e patrão,
o que é extraordinário
é pretender-se união.
Não vista a pele do lobo
quem do lobo a lei enjeita.
A propriedade é um roubo.
Ladrão é quem a aproveita.
Negar a luta de classes
é negar a evidência
de um mundo de duas faces,
de miséria e de opulência.


Armindo Rodrigues

7 comentários:

  1. Hoje resolvi visitar o Cravo de Abril. Dei de caras com este belissimo poema de Armindo Rodrigues e arrepiei-me.
    Como negar a luta de classes?
    Mais um poeta/escritor marginalizado...
    Vergonhoso!
    Saudações

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  2. É tão evidente e tão simples de explicar!
    Porque será que é tão difícil de assimilar?
    (Para alguns, evidentemente!)
    Esta poesia do Armindo Rodrigues é tão simples, que até parace fácil!
    Abraço

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  3. Só não entende quem não quer, ou não sabe ler...

    Um beijo grande

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  4. Estamos constantemente a ver coisas tristemente "extraordinárias"...

    Abraço.

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  5. As tuas escolhas de Poetas e poemas são tão boas, que muitas vezes leio repetidamente os poemas e fico assim, suspensa no maravilhamento que provocam e incapaz de comentar seja o que for.beijos,

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  6. manuela galhofo: obrigado pela visita e pelo comentário.
    Saudações.

    poesianopopular: é aquela simplicidade... das coisas simples...
    Um abraço.

    Maria: como é costume dizer-se: está à esquerda de quem sobe e à direita de quem desce...
    Um beijo grande.


    samuel: que de tanto vistas passam a ser... «ordinárias»...
    Um abraço.

    Justine: e o resto... são cantigas...
    Um beijo.

    smvasconcelos: um beijo amigo.

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