POEMA

«DEIXEM-SE DE FINGIR...»


Deixem-se de fingir de heróis de esquerda,
com bancos e bancas de advogados, redacções,
editoriais, automóvel, bolsas e cátedras,
quintas herdadas, páginas literárias.
Deixem-se de uivar em defesa de ismos
que nenhum vos pertence ou a que pertenceis
a não ser para dançar a dança desnalgada
dos que não têm vergonha do povo português.
O único ismo em consonância com os arrotos
de bem comidos, e os rosnidos de instalados
naquilo que criticam disfarçando-se,
é o relismo - de reles. Nada mais.


Jorge de Sena

9 comentários:

  1. Também os PPR, de palhaços, pantomineiros e reles.

    ResponderEliminar
  2. Incisivo, mordaz e certeiro, o Jorge de Sena. Nem um bisturi dissecaria tão bem a sociedade como ele o faz. É brilhante!
    beijos,

    ResponderEliminar
  3. E Pim! Um excelente poema para reflectir ao mesmo tempo que se ouve a verborreia saída das bocas da "ala esquerda" do PS e do BE.

    ResponderEliminar
  4. Jorge de Sena havia de os ver agora! Mestres na arte do amiguismo, clientelismo, xupismo, ilusionismo...

    Abraço.

    ResponderEliminar
  5. CRN: a palhaçada continua.
    Um abraço.

    smvasconcelos: na mouche...
    Um beijo.

    Nelson Ricardo: é esse, de facto, o cenário ideal para reflectir sobre este poema.
    Um abraço.

    samuel: são mais ou menos os mesmos...
    Um abraço.

    Maria: sem dúvida.
    Um beijo grande.

    ResponderEliminar
  6. Fernando Samuel

    Não há duvidas, Jorge de Sena era um visionário!

    beijos

    ResponderEliminar
  7. Ana Camarra: ou então todas épocas estão cheias desta gente reles...

    Um beijo.

    ResponderEliminar