POEMA

VIAGEM ATRAVÉS DE UMA TIPOGRAFIA CLANDESTINA


Gritar Liberdade, é fácil
quando existe liberdade.
É fácil defender a liberdade de expressão
num off-set sofisticado
com ar condicionado, telex, telefones,
salário, hora para almoço, avales bancários,
protecção das leis e do governo,
amplas janelas para o Sol, quebrado
por estores de alumínio, docemente.

Assim
ser pela liberdade de expressão
é cómodo e é fácil.

Mas do que estou a falar é doutra coisa.
Se entendeste, o poema está cumprido.
Se não, o poema espera
com a paciência tradicional de todos os poemas.


Mário Castrim
à(s)

6 comentários:

  1. samuel9 de setembro de 2009 às 13:24

    Pelo que se vai vendo e lendo... o poema continuará a esperar, pacientemente...

    Abraço.

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  2. Maria9 de setembro de 2009 às 13:27

    Cumpriu-se o poema.
    E que se cumpra, sempre.

    Um beijo grande

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  3. Ana Camarra9 de setembro de 2009 às 14:16

    Fernando Samuel

    Quando é dificil é que se avalia...

    beijo

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  4. Justine9 de setembro de 2009 às 15:35

    Lembrei-me da história da M."avó", aqui por estes lados há muitos, muitos anos...:))

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  5. svasconcelos9 de setembro de 2009 às 23:11

    Por vezes ocorre-me pensar nisto, no quão fácil é vociferar Liberdade (de expressão, mas não só) quando tudo conflui favoravelmente para esse "grito". E é tão fácil dispor das palavras sem as consusbtanciar em actos...
    Infelizmente, ainda há que esperar para que o poema se cumpra em muitos mais, "com a paciência tradicional de todos os poemas".
    beijo,
    Sílvia

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  6. GR10 de setembro de 2009 às 00:57

    A Liberdade é tão necessário como o ar que respiramos.
    Ainda hoje foi dado mais um passo contra a Liberdade.
    Lentamente o ar começa a ficar irrespirável. Com paciência e para muitos, o poema terá que esperar.

    Bjs,

    GR

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