POEMA

CANÇÃO INFANTIL


Era um amieiro.
Depois uma azenha.
E junto
um ribeiro.

Tudo tão parado.
Que devia fazer?
Meti tudo no bolso
para os não perder.


Eugénio de Andrade

5 comentários:

  1. Não conhecia. E é tão lindo...

    Um beijo grande

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  2. E depois num verso, num poema, nos corações de milhares de pessoas... e nunca mais se perderam, na verdade.

    Abreço.

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  3. Maria: e tão... «infantil»...
    Um beijo grande.

    samuel: imperdíveis, indestrutíveis, e por aí fora...
    Um abraço.

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  4. Valquíria d'Alameda16 de julho de 2009 às 22:59

    Já não estão onde ele os guardou porque o tempo que passa pelos bolsos desgasta tudo...
    Mas ficaram dentro de uma caixinha - arrumada numa gaveta há não sei quantas décadas - mantendo a cor da palete, o murmúrio da água, as folhas do amieiro.
    Hei-de encontrá-lo sempre numa mensagem tua...

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  5. Valquíria d'Alameda: está lá tudo: na caixinha, nas mensagens, nas memórias...
    Um beijo.

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