POEMA

LEGENDA PARA A VIDA DE UM VAGABUNDO


Nasci vagabundo em qualquer país,
minhas fronteiras são as do mundo.
Esta sina vem-me no sangue:
não me fartar! Um desejo morto,
mais dez a matar.

O caminho é longo!...
- Mas nada é longe e distante
quando se quer realmente...
E nunca o cansaço é tão grande
que um passo mais se não possa dar.


Joaquim Namorado

7 comentários:

  1. Os sonhos e os desejos são como as cerejas... com a grande vantagem de não terem estação própria.

    Abraço.

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  2. Olá Fernando Samuel. Quero dizer-te que todos os dias aqui venho. Aprender, apreender, pensar, sorrir, preocupar-me, tranquilizar-me... Bom, reconheço que ás vezes também venho "rapinar" alguns poemas, que depois mostro a leitores que, se calhar, nunca leram o Cravo de Abril.
    Por muito tarde que chegue a casa, por muito cansada (fisicamente) que as lutas me deixem, venho aqui todos os dias.
    E depois passo a palavra!
    Ensino a outros camaradas e amigos o caminho do Cravo de Abril e espero que continuem a vir cá!
    Com tanta conversa, quero agradecer-te camarada.
    A ti e não só! A todos os que me (nos) ensinam a crescer, a ser melhor e mais consciente.
    Só assim podemos crescer como quadros.
    Só assim poderemos fazer o Partido crescer!
    Mil abraços de Abril!

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  3. E eu que me preparava para comentar o post deixo-me comover pelo comentário da Beta... que coisa...
    O poema do Joaquim Namorado é um forte poema de luta!
    (vá camarada mais um passo, que já uma estrela se levanta...)

    Um beijo grande

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  4. Permite-me, em nome da poesia e do ideal que nos une, usar o teu blogue para tributar um camarada, pai de um amigo, que partiu,e nos deixou este poema:
    O PARTIDO

    Pelos homens humilhados
    oprimidos e explorados
    nos quatro cantos do mundo
    pela bandeira insubmissa
    cor de um sagrado castigo
    pelos que jazem no fundo
    dos abismos da justiça
    mas tombam de rosto erguido
    existes tu, meu Partido!

    Pelos mártires duma ordem
    extintos nos sangues que escorrem
    dos quatro cornos da guerra
    e por todos quanto gemem
    a um deus ensurdecido
    para os sem lar e sem terra
    pelas crianças que tremem
    de fome e frio consentido
    existes tu, meu Partido!

    Pelas mulheres que se enfeitam
    das mágoas com quem se deitam
    nos quatro quartos de amantes
    pelas mães que geram filhos
    sem vislumbres de certezas
    contra as causas repugnantes
    que vomitam dos gatilhos
    suas vinganças sem sentidos
    existes tu, meu Partido!

    Pelos que o mar hajam visto
    em torturas anticristo
    pelo Amor amplitude
    das uniões operárias
    pelo punho prometido
    à Paz e à Juventude
    Pelas Reformas Agrárias
    de outro povo conseguido
    existes tu, meu Partido!

    Pela Revolução que os puna
    pelo Hino da Comuna
    pelo progresso da História
    pela Pátria Universal
    pelo homem pretendido
    pelo dia da vitória
    pela Internacional
    pelo pão retribuído
    existes tu, meu Partido

    existes tu
    meu Partido!

    José Salsorte

    beijos,

    Sílvia MV

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  5. Mais um lindo poema que não conhecia.
    Os comentários também foram bonitos,
    A Beta tocou “cá dentro”.

    Bjs,

    GR

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  6. Cheguei agora de uma reunião de contributos para o Programa Eleitoral Autarquico.......na mouche!

    beijo

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  7. Este poema e os seus reflexos sentidos deixam me em total calma interior...

    É lindo o nosso Partido e as suas gentes!!

    Beijo de luta

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