POEMA

QUATRO QUADRAS


Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Negas a escola à criança
p'ra toda a vida ser cega...
e ter sempre confiança
em quem a vista lhe nega.

Quem trabalha e mata a fome
não come o pão de ninguém;
mas quem não trabalha e come,
come sempre o pão de alguém.

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme.
Quando ele acordar, acaba.


António Aleixo

5 comentários:

  1. Agora, então, é gritar, tocar sinos, cantar, falar sem descanso... Há-de acordar!

    Abraço.

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  2. Sempre bom trazer AA até nós!!!
    Abraço
    Ana

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  3. E o povo já começou acordar.
    Como o poeta do povo sabia.

    GR

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  4. Fernando,

    No nosso país, muitos desempregados, nem às migalhas do pão que ganham enquanto trabalham tem direito, e comem, comem até deixar de comer.

    A revolução é hoje!

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  5. samuel: e quando acordar, acaba com a mascarada...
    Um abraço.

    Anamar: AA sabe o que diz - e diz o que sabe com muita arte...
    Um beijo amigo.

    GR: e há-de acordar de vez.
    Um beijo.

    CRN: isso porque, quem não trabalha e come, come sempre o pão de alguém...
    Um abraço, camarada.

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