POEMA

DOIS CAMINHOS


Há um silêncio imposto e outro de repouso.
Um é nocturno e estreito e o outro um dia aberto.
Num, apenas a medo o sonho é um débil gozo.
No outro, o sonho cabe após dele desperto.
Num, o que é certo e necessário é enganoso.
No outro, mesmo o engano é necessário e certo.


Armindo Rodrigues

7 comentários:

  1. Num não se espera ver o amanhã, mas luta-se para que nasça.
    Noutro anseia-se pelo amanhã, mas só o seu.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. "...mesmo o engano é necessário e certo."

    Muito bom!

    Abraço.

    ResponderEliminar
  3. Que maravilha!
    Palavras aparentemente simples, mas tão profundas. Saudades do Armindo...

    Um beijo grande

    ResponderEliminar
  4. Vejam o meu mais recente artigo acerca das novas patranhas do Ministro Mário Lino e do Ministério das Obras Públicas no blogue O Flamingo.

    ResponderEliminar
  5. Assim,
    Se vê,
    A força do...
    ...da utopia!

    Abraço.

    ResponderEliminar
  6. joão casanova: um é o nosso; o outro não presta...
    Um abraço.

    samuel: e nem necessita de confissão...
    Um abraço.

    Maria: é na simplicidade que está... o segredo.
    Um beijo grande.

    J.S. Teixeira: lá irei.
    Um abraço.

    filipe: ora aí está!
    Um abraço.

    Ana Camarra: a mais poderosa de todas as forças...
    Um beijo.

    ResponderEliminar