UM DIA DE MAIO
Recordo esse momento, esse
terrível entusiasmo. Eram
milhares, dezenas de milhar
e todos se esticavam, todos
tentavam ver o carro, sentiam
o solene momento, gritavam
da alegria mais pura. Era
um som de pólvora liberta,
uma explosão de esperança,
de loucura, de vida - sim,
por uma vez, a vida -. Lembro
esse gosto de pão, o corte
brusco na inércia, o fogo
da presença em oferenda,
a compressão da ira vinculada
agora a um caminho. Hoje
contemplo esta praça, estas
ruas que a tristeza semeou
de novo e espero a multidão
que uma vez aqui floresceu.
Confio em que virá. O vento
fala já nos seus passos, faz
da espera alimento; o ar
vai encher-se de vozes, vai
ver-nos todos juntos, livres,
respirando através das mãos
unidas, através do ardente
fluido de alegria que liberta
as raízes do canto estagnado.
Egito Gonçalves
Também confio em que virá.
ResponderEliminarAbraço
Juntos, livres, de mãos unidas. Vamos ensaiar amanhã?
ResponderEliminarOutra vez... e quantas forem necessárias!
ResponderEliminarAbraço.
Vai, é claro que vai!
ResponderEliminarbeijos
Vamos novamente florir as praças, as ruas!
ResponderEliminarVamos encher Lisboa de alegria!
bjs,
GR
Também confio que virá.
ResponderEliminarE que as ruas se irão encher uma e outra e outra vezes, as necessárias...
Até já.
Um beijo grande
Ludo Rex: não tenhamos dúvidas de que virá.
ResponderEliminarUm abraço.
Justine: e será um bom ensaio...
Um beijo.
samuel: até lá chegarmos...
Um abraço.
Ana Camarra: ou não fôssemos nós quem somos...
Um beijo.
GR: vamos encher Lisboa de Abril.
Um beijo.
Maria: dizes bem: as necessárias.
Um beijo grande.