PLURALISMO FIÁVEL

Há dias, o Presidente da República vetou a lei do pluralismo. E explicou porquê.
Contudo, se a decisão de rejeitar a lei foi boa, as razões que estiveram na origem da decisão são péssimas.
Dessas razões - que Cavaco Silva enunciou com aquela solenidade pernóstica com que usa ridicularizar-se e fazer-nos rir - destaco duas.

Em primeiro lugar, considerou a lei «inoportuna». Porquê?
Porque, segundo informou, «estão em preparação a nível europeu critérios fiáveis sobre pluralismo».
Este é o argumento da subserviência saloia e bacoca aos ditames do que vem de fora - do es-tran-gei-ro, da Eu-ro-pa - matéria na qual o então primeiro-ministro Cavaco se tornou um emérito especialista.

A segunda razão, baseia-se na seguinte e abalizada opinião do Presidente da República:
«Em Portugal não há, ao contrário do que porventura sucederá noutros países, um défice de pluralismo da comunicação social».
«Défice de pluralismo»?: claro que não, sr. Presidente, nem pensar nisso, bem pelo contrário:
como vemos, ouvimos e lemos todos os dias, todos os média defendem os interesses não apenas de um ou dois, mas de todos os grandes grupos económicos e financeiros.
E não há critério de pluralismo mais fiável do que esse.

5 comentários:

  1. Mesmo assim ainda gostava de saber como é que ele "sabe" tudo isso sobre a comunicação social. Decidiu começar a ler? Não parece...

    Abraço

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  2. É a "treta" do costume...
    E como vemos, ouvimos e lemos, não podemos (queremos) ignorar...

    Samuel, gravam-lhe uma cassete, que ele ouve a correr enquanto toma duche, pois então!

    Um beijo grande

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  3. A cretinice cavacal já começa a enjoar.

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  4. Pluralismo à puridade... mas não chamar nomes à mãe do senhor.

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  5. samuel: ele não lê, mas disseram-lhe...
    Um abraço.

    Maria: ele toma duche?...
    Um beijo grande.

    Antuã: e está para durar - para nosso mal.
    Um abraço.

    do zambujal: nem pensar nisso, coitada da senhora...
    Um abraço.

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