POEMA

ANA E ANTÓNIO


A Ana e o António trabalhavam
na mesma empresa.
Agora foram ambos despedidos.
Lá em casa, o silêncio sentou-se
em todas as cadeiras
em volta da mesa vazia.

«Neo-realismo!» dirão os estetas
para quem ser despedido
é o preço do progresso.

Os estetas, esses, nunca
serão despedidos.

Ou julgam isso, ou julgam isso.


Mário Castrim

7 comentários:

  1. "depois vieram-me buscar a mim
    e quando percebi
    já era tarde"...

    Um beijo grande

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  2. Serão despedidos, sim... e finalmente com justa causa!

    Abraço

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  3. Eles não sabem nem sonham!
    Abraço

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  4. Ludo Rex: mas estão iludidos...
    Um abraço.

    Maria: é sempre assim...
    Um beijo grande.

    samuel: justíssima...
    Um abraço.

    poesianopopular: mas nós sabemos...
    Um abraço.

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