A pouco mais de duas semanas do seu Dia, o Natal já por aí anda, especialmente neste hábito iniciado precisamente há 50 anos: as iluminações públicas.
Nesse longínquo ano de 1958, por esta altura, dizia o Diário de Notícias (que já então era uma espécie de órgão oficioso do poder dominante), naquele paleio típico dos tempos do fascismo e aprovando as anunciadas iluminações: «Lisboa deve alindar-se para festejar o Natal como fazem outras grandes capitais que não são mais cristãs nem menos belas»...
E assim foi feito.
Nesse primeiro ano circunscritas à Baixa lisboeta, as iluminações foram visitadas e apreciadas por milhares de pessoas que, para esse exclusivo efeito, ali se deslocaram, oferecendo-se a prenda de Natal possível: cinco tostões não davam para comprar prenda mas davam para a viagem de eléctrico rumo à prenda das ruas iluminadas...
Hoje, dada a generalização do hábito a todo o País - embora nos últimos tempos com tendência para redução para poupar custos... - as iluminações já não contam como prenda de Natal: a maioria das pessoas passa por elas quase sem nelas reparar - e cada vez mais a pensar nas prendas que desejariam oferecer, e não podem porque não há dinheiro, a familiares e amigos...
Assim tem sido nos últimos anos e assim é neste ano de 2008, mais do que em qualquer outro dos anteriores desde que esta malvada política de direita aqui se instalou, já lá vão mais de três décadas, e tem vindo a tornar cada vez mais insuportável a vida - e o Natal - de quem trabalha e vive do seu trabalho.
De tal modo que bem se pode dizer que este Natal de 2008 será, talvez, o nosso pior Natal dos últimos 32 anos - com a agravante de ser, sem dúvida, um Natal melhor do que o do próximo ano...
A não ser que daqui até lá, consigamos dar a volta a isto...
E essa seria a melhor de todas as prendas que poderíamos oferecer a nós próprios.
Nesse longínquo ano de 1958, por esta altura, dizia o Diário de Notícias (que já então era uma espécie de órgão oficioso do poder dominante), naquele paleio típico dos tempos do fascismo e aprovando as anunciadas iluminações: «Lisboa deve alindar-se para festejar o Natal como fazem outras grandes capitais que não são mais cristãs nem menos belas»...
E assim foi feito.
Nesse primeiro ano circunscritas à Baixa lisboeta, as iluminações foram visitadas e apreciadas por milhares de pessoas que, para esse exclusivo efeito, ali se deslocaram, oferecendo-se a prenda de Natal possível: cinco tostões não davam para comprar prenda mas davam para a viagem de eléctrico rumo à prenda das ruas iluminadas...
Hoje, dada a generalização do hábito a todo o País - embora nos últimos tempos com tendência para redução para poupar custos... - as iluminações já não contam como prenda de Natal: a maioria das pessoas passa por elas quase sem nelas reparar - e cada vez mais a pensar nas prendas que desejariam oferecer, e não podem porque não há dinheiro, a familiares e amigos...
Assim tem sido nos últimos anos e assim é neste ano de 2008, mais do que em qualquer outro dos anteriores desde que esta malvada política de direita aqui se instalou, já lá vão mais de três décadas, e tem vindo a tornar cada vez mais insuportável a vida - e o Natal - de quem trabalha e vive do seu trabalho.
De tal modo que bem se pode dizer que este Natal de 2008 será, talvez, o nosso pior Natal dos últimos 32 anos - com a agravante de ser, sem dúvida, um Natal melhor do que o do próximo ano...
A não ser que daqui até lá, consigamos dar a volta a isto...
E essa seria a melhor de todas as prendas que poderíamos oferecer a nós próprios.
7 comentários:
F.Samuel
Se dependesse de nós , a volta já estava dada, e todos teriam melhor consoada, mas, a legião de eunucos, não quer colaborar, só nos resta continuar a luta.
Abraço
Camarada
Será de facto a melhor prenda!
beijos
Acendam-se então muitos milhares de "luzes"...
Abraço
Enquanto continuamos a lutar, para “dar a volta a isto”.
Vamos fazer e oferecer neste Natal,
Quem faz o Natal para todos nós?
São os amigos.
Quem nos dá prazer e dá calor?
São os amigos.
A quem é que damos a ternura?
É aos amigos.
A quem é que damos o melhor?
É aos amigos.
Os amigos são o nosso bolo de Natal!
Cada amigo nosso vale mais que Pai Natal
O dinheiro pouco importa
O que importa é a verdade
A prenda mais valiosa e a prenda da Amizade.
(Os Operários de Natal)
GR
Este Natal é uma ofensa gravíssima a Jesus de Nazaré.
Demos volta a isto, como a melhor de todas as prendas.
Abraço
poesianopopular: então continuemos a lutar!
Um abraço.
Ana Camarra: a prenda que todos daremos a todos.
Um beijo.
samuel: muitos e muitos milhares de «luzes»...
Um abraço.
gr: os AMIGOS, pois claro.
Um beijo.
Ludo Rex: que prenda maravilhosa, essa!
Um abraço.
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