POEMA

A LEITURA
(brechtiana)


Não te deixes enrolar!
És tu quem tem de pagar...
Põe o dedo em cada letra.
Pergunta: «Por que está 'qui?»


Alexandre O'Neill

9 comentários:

  1. Pois... mas dá uma grande trabalhêra e cansa a vista... :-)

    Abraço

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  2. Pois mas tem de ser, cada vez mais.

    Beijos

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  3. Isso mesmo, não nos deixemos enrolar... Abraço

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  4. Encontrei por aqui um poema de Alexandre O'Neil, e lembrei-me de outro de que gosto muito.
    Espero que não fique actualizado!

    O Medo
    vai ter tudo
    Vai ter enredos quase inocentes
    ouvidos não só nas paredes
    mas também no chão
    no tecto
    no murmúrio dos esgotos
    e talvêz até (cautela!)
    ouvidos nos teus ouvidos.
    O medo vai ter tudo
    herois(o medo vai ter herois!)
    a tua voz talvêz
    talvêz a minha
    concerteza a deles.
    Vai ter suspeitas como toda a gente...
    (Penso no que o medo vai ter
    e tenho medo
    que é justamente
    o que o medo quer)

    Para ti e para todos
    Esperemos que o medo não volte!

    Abraços da Lagartinha de Alhos Vedros

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  5. Quando acordas,
    e ao abrir os olhos
    Tudo que vês ao teu redor;
    És tú que pagas
    com o teu suor.
    Não te esqueças nunca!
    Abraço grande

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  6. Mas não vamos deixar que nos enrolem mais...

    Um beijo grande

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  7. GATO

    Que fazes por aqui, ó gato?
    Que ambiguidade vens explorar?
    Senhor de ti, avanças, cauto,
    meio agastado e sempre s disfarçar
    o que afinal não tens e eu te empresto,
    ó gato, pesadelo lento e lesto,
    fofo no pelo, frio no olhar!

    De que obscura forças és morada?
    Qual o crime de que foste testemunha?
    Que deus te deu a repentina unha
    que rubrica esta mão, aquela cara?
    Gato, cúmplice de um medo
    ainda sem palavras, sem enredos,
    quem somos nós, teus donos ou teus escravos?

    Alexandre O´Neill

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