NOS RAMOS DOS SALGUEIROS
E como poderíamos nós cantar
com o pé estrangeiro sobre o peito,
abandonados os mortos pelas praças
na dura erva gelada,
o balido impotente das crianças,
o uivo negro da mãe que tropeçava contra o filho
crucificado no poste telegráfico?
Nos ramos dos salgueiros, como um voto,
também as nossas cítaras pendiam
levemente oscilando ao triste vento.
Salvatore Quasimodo
Bonito, triste e forte.
ResponderEliminarbeijos
Não tenho palavras.
ResponderEliminarUm beijo...
Bonito e forte...
ResponderEliminarEsperamos por ti...
E como poderíamos nós cantar?
ResponderEliminarSe naquela madrugada...
a voz da rádio se calasse?
Um beijo, amigo
Ausenda
Com a voz embargada e as cordas doridas...
ResponderEliminarTão triste é este poema!
ResponderEliminarHoje mais do que nunca, dói ler este belo poema.
GR