POEMA

MANHÃ

Bom dia - diz-me um guarda.
Eu não ouço... apenas olho
das chaves o grande molho
parindo um riso na farda.

Vómito insuportável de ironia
Bom dia, porquê bom dia?

Olhe, senhor guarda
(no fundo a minha boca rugia)
aqui é noite, ninguém mora,
deite esse bom dia lá fora
porque lá fora é que é dia!

Luís Veiga Leitão
à(s)

5 comentários:

  1. Maria4 de agosto de 2008 às 21:32

    Mais um autor que me dás a conhecer.
    Obrigada!

    Um beijo

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  2. samuel5 de agosto de 2008 às 00:03

    Ele há novidades assim!...
    Algo me diz que dentro deste homem era sempre dia... fosse "lá fora" ou não.

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  3. Fernando Samuel5 de agosto de 2008 às 19:48

    maria: um dia destes vou voltar a ele...

    Um beijo.

    samuel: algo te diz... bem...

    Um abraço.

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  4. Justine5 de agosto de 2008 às 19:51

    Gosto muito da raiva irónica mas doce do Luís Veiga Leitão. Venham mais...:))

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  5. Fernando Samuel5 de agosto de 2008 às 23:08

    justine: «raiva irónica mas doce»: foi mais ou menos isso que eu disse um dia destes, quando tive o imenso prazer de fazer a apresentação da Poesia Completa do Luís Veiga Leitão...

    Um beijo grande.

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