POEMA

A sociedade de consumo é um balcão.
Nela se vende o pão,
se vende o amor,
se vende o sonho, se vende a bondade,
se vende a justiça, se vende o favor,
se vende o acesso à informação,
se vende a modéstia, se vende a vaidade,
se vende a honra, se vende a fé,
se vende a vontade, que é uma ilusão,
se vende a morte, que não o é.


Armindo Rodrigues

12 comentários:

  1. Hoje, a sociedade de consumo chama-se economia de mercado. E está nos tratados dos tratantes

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  2. É a primeira vez que vejo na net Armindo Rodrigues....
    Obrigada, Camarada!

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  3. LIMITADO AO POSSÍVEL

    Limitado ao possível que me foge,
    o impossível é que me seduz.
    Seja logo vitória ter-lhe jus.
    Seja já amanhã o dia de hoje.

    Armindo Rodrigues

    Um abraço camarada
    Aristides

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  4. Dizer tanto com poucas palavras, e ainda rimando!
    É previlégio de alguns, como o Armindo Rodrigues!
    Bem hajas Fernando Samuel
    josé manangão

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  5. Obrigado por trazeres Armindo Rodrigues. A luta continua contra a sociedade onde tudo é um bem económico e, por isso, sujeito a negócio.

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  6. A poesia de Armindo Rodrigues sempre actual faz-nos reflectir, dá-nos força para continuarmos a Lutar!
    Conheço alguns (poucos) poemas de Armindo Rodrigues, a primeira vez que o li foi no blog do Pedro Namora (Liberdade) depois no livro “Poemas da minha vida” José Casanova, sem esquecer o blog Vermelho Vivo que já o tem referido.

    GR

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  7. Num registo diferente, tenho contactado com o Armindo Rodrigues através da interessante tradução que ele fez do notável Don Tranquilo de Cholokov.

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  8. zambujal: por isso eles não o referendam... democratas espertalhões...
    Abraço amigo.

    maria: e, no entanto, ele tem mais de vinte(excelentes)livros de poesia publicados...
    Beijo amigo.

    aristides: VOZ LIVRE

    Cale-se o que não se queira.
    O que se quer não se cale.
    É na claridade inteira
    que a claridade mais vale.

    Abraço amigo.

    josé manangão: o camarada Armindo Rodrigues era (é) um grande, grande poeta.
    Abraço amigo.

    antuã: um dia destes vou voltar a publicá-lo aqui. Talvez o poema ao Partido.
    Abraço amigo.

    gr: para além da vasta obra poética, o Armindo Rodrigues escreveu, entre outras coisas, um excelente livro de memórias - sobre o qual os poderes instalados estenderam um espesso manto de silêncio.
    Beijo amigo.

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  9. joão valente aguiar: ele traduziu, de facto, os dois primeiros volumes do Don Tranquilo (os restantes dois foram traduzidos pelo Mário Braga). Armindo Rodrigues - que era médico - teve um papel destacado, enquanto militante comunista, na resistência ao fascismo. Eu conto-me entre os muitos que, com ele, muito aprenderam sobre CORAGEM.
    Abraço amigo.

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  10. Fernando Samuel,

    O livro chama-se "Memórias"?

    Qual a Editora? não encontro na net.

    Desculpa a pergunta, mas gostava tanto de o ter!

    GR

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  11. gr: o livro chama-se «Um Poeta recorda-se. Memória de uma vida» - e foi editado pela Cosmos.

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