tag:blogger.com,1999:blog-595529127038520085.post5525740012851123980..comments2024-03-12T18:09:52.387+00:00Comments on Cravo de Abril: DEMOCRACIA DE PADRINHOSJoão Filipe Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/03294406290972900445noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-595529127038520085.post-87285218358029964612008-04-26T19:08:00.000+01:002008-04-26T19:08:00.000+01:00"Ich weiss nicht, was soll es bedeuten, dass ich s..."Ich weiss nicht, was soll es bedeuten, dass ich so traurig bin ..." assim começa o poema Die Lorelei, de Heinrich Heine, que, numa tradução livre, será qualquer coisa como "não sei o que pode significar esta tristeza...". <BR/><BR/>No meu caso terá sido a visão dos cravos, mal cheguei hoje à escola: vermelhos, omnipresentes, significado e significante afastando-se inexoravelmente. <BR/><BR/>Dói-me a memória daqueles slogans de há 34 anos, sobretudo um, tão veementemente sentido: "O Povo / unido / jamais será vencido!" - verdade inquestionável, de uma invencibilidade segura e para sempre ... <BR/>"como havíamos de morrer, tão próximos, e nus, e inocentes", dizia o Eugénio de Andrade...<BR/><BR/>A 3 dias do 25 de Abril, o que resta em mim é basicamente o desencanto - que desejaria um nada: absoluto, redondo, e final. Tudo a esse sentimento de perda, à certeza de que me enganei, de que nos enganámos todos (tão próximos, e nus, e inocentes) ...<BR/><BR/>A iconografia, absolutamente oca, o que resta. Transformada em objecto turístico, comerciável. "O 25 de Abril, para mim, é nome de ponte, um feriado mais no calendário", dizem os meus alunos. <BR/><BR/>Eu, agora professora, olho para os cravos - vermelhos, omnipresentes - e tenho vontade de chorar. E tenho raiva de quem, todos os dias, fecha "as portas que Abril abriu". Tenho raiva dos oportunismos, das corrupções, da lambe-botice recompensada, do carneirismo-carreirismo militantes, da mediocridade incentivada, da inércia sub-reptícia das nêsperas, do insustentável afã dos adesivos, das atitudes dúbias e duais, do endeusamento das aparências.<BR/><BR/> <BR/>Tenho raiva de já não acreditar<BR/>que<BR/>O 25 de Abril, como o Natal, é "quando um homem quiser". <BR/>O 25 de Abril seria, para sempre<BR/>- a liberdade sem amarras, a justiça, a inteligência, a coragem recompensadas<BR/>- o pensamento correndo livre, as ideias confrontando-se sem medos, construindo <BR/> utopias<BR/>- a euforia de, juntos, trabalharmos para um futuro que queríamos - críamos - melhor. <BR/>- a convicção de que, juntos, podemos transformar o mundo.<BR/><BR/>" tão próximos, e nus, e inocentes" ....<BR/><BR/>ana limaALhttps://www.blogger.com/profile/17436532983910831450noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-595529127038520085.post-29370128858889953442008-04-25T00:38:00.000+01:002008-04-25T00:38:00.000+01:00josé manangão: aí está uma boa comparação.Abraço a...josé manangão: aí está uma boa comparação.<BR/><BR/>Abraço amigo.Fernando Samuelhttps://www.blogger.com/profile/06940325712549958458noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-595529127038520085.post-69191745392409341742008-04-24T21:32:00.000+01:002008-04-24T21:32:00.000+01:00Fazem-nos lembrar aqueles que traçaram as froteira...Fazem-nos lembrar aqueles que traçaram as froteiras de África a régua e esquadro sobre os mapas, depois deu no que deu.<BR/>Abraço<BR/>ManangãoAnonymousnoreply@blogger.com