POEMA

A SOCIEDADE DE CONSUMO


A sociedade de consumo é um balcão.
Nela se vende o pão,
se vende o amor,
se vende o sonho, se vende a bondade,
se vende a justiça, se vende o favor,
se vende o acesso à informação,
se vende a modéstia, se vende a vaidade,
se vende a honra, se vende a fé,
se vende a vontade, que é uma ilusão,
se vende a morte, que não o é.


Armindo Rodrigues

5 comentários:

  1. Nem tudo se vende (nem todos se vendem) a um qualquer balcão. Mas o poema é extraordinário. Grande Armindo!

    Um beijo grande.

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  2. Deixo aqui o meu "bom dia" antes que apareça algum anónimo a escarrar neste espaço.

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  3. A sensibilidade do poeta a caracterizar este nosso tempo de negócio...

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  4. Até, e mais grave ainda, se vendem as personalidades.
    Grande Armindo Rodrigues!!!!!

    Um beijo.

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  5. Maria: mas naquele balcão há de tudo para quem não olhe a meios...
    Um beijo grande.

    cid simões: BOM DIA!
    Um abraço.

    Justine: e que bem caracterizado ele está!...
    Um beijo.

    Graciete Rietsch: o Armindo topava-os bem...
    Um beijo.

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