POEMA

PRANTO PELO DIA DE HOJE


Nunca choraremos bastante quando vemos
o gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
que quem ousa lutar é destruído
por troças por insídias por venenos
e por outras maneiras que sabemos
tão sábias tão subtis e tão peritas
que nem podem sequer ser bem descritas


Sophia de Mello Breyner Andresen

8 comentários:

  1. Magnífico poema!Verdade: nunca choraremos bastante...

    ResponderEliminar
  2. Nunca choraremos bastante...

    ...que quem ousa lutar é destruído

    (Os que morreram nos gulags, por exemplo).

    ResponderEliminar
  3. ... e não há imbecil, escroque, palhaço, verme, provocador... que consiga conspurcar a beleza destes versos.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  4. Concordo.
    Só que é preciso cuidado quando os citamos pois podem virar-se contra nós. Em quem estaria Sophia a pensar quando os escreveu?

    ResponderEliminar
  5. E sabem como é que eles ganham esses milhões todos???
    O Bolota trabalhou em tempos com um dos coitadinhos...o BES. Um dia decidiu para de movimentar a conta, tendo como ideia ir fazendo ali um pequeno mealheiro do tipo, depois ia a Beleizão e vinha carregado com vinho , choriços, lengoriças e afins do Monte do Paço.

    Resumindo: ficaram lá mais ou menos 300€. Um belo dia sem sequer ter recebido os extractos, porque se recebesse apercebia-me, recebi uma carta a avisar que a conta estava negativa 30€.
    O Bolota pergunta á Balbina se tinha levantado algum dinheiro e ela, claro disse que não.
    Moços, com a desculpa da gestão da conta, limparam-me o dinheirinho todo ainda mais o que estava negativo que já estava a vencer juro.

    O Bolota estrebuchou tentou pelo menos perceber o que se passou e cheguei a esta bela conclusão. fui ROUBADO.

    Pagava tudoooooooooooooooooo por movimento bancário, deixei de o fazer e assim se calhar estou a contribuir para o prejuízo deles.

    FILHO DUMA PUTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa que não tem outro nome, trabalho com eles o estritamente necessário.


    Abraços

    ResponderEliminar
  6. Nunca choraremos bastante pelos que morreram na luta, mas continuaremos a lutar.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  7. Belo poema.

    Choraremos pelos que tombaram a lutar, pelos Resistentes que calaram sofrendo e não deixaram de lutar.
    Choraremos de alegria, gritando na luta diária e consequente, pois a Vitória mesmo que longínqua é certa!

    Bjs,

    GR

    ResponderEliminar
  8. Tão certeiro, este poema, hoje!
    Tão força...

    Um beijo grande.

    ResponderEliminar