O BEIJO
Hoje, não sei porquê, mas o vento teve um
grande gesto de renúncia, e as árvores acei-
taram a imobilidade. No entanto (e é bem que
assim seja) obstinadamente uma viola organiza
o espaço da solidão. Ficamos sabendo que as
flores se alimentam na fértil humidade. É essa
a verdade da saliva.
José Saramago
4 comentários:
Há sempre um raio de uma viola... :-)))
Abraço.
Prosa poética ao som da música, particularmente uma viola.
Um beijo.
nao conhecia este;)
S.
Que beijo saboroso!
Coisa linda!
Um beijo grande.
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