POEMA

COMBOIO


XXXIII


(Carta mental para o filho preso.)


Agora que estás sozinho,
chora com coragem de homem
o teu destino insubmisso,
a ouvir a chuva nas grades,
caída de olhos alheios.

Rumor frio
que tanto aquece os sonhos
e dá à morte
a intimidade adormecida dos seios.


José Gomes Ferreira

4 comentários:

  1. Mais uma vez, na poesia de José Gomes Ferreira, a luta mesmo envolta em lágrimas.

    Um beijo.

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  2. Qundo ficar só não é estar...
    "Porque nenhum de nós anda sozinho..."

    Abraço.

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  3. Um poema muito comovente, porém, cheio de força para a Luta!

    Bjs,

    GR

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  4. Como são belas estas palavras!

    Um beijo grande.

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