O MAIS COLOSSAL EMBUSTE

Anteontem, à medida que relembrava aqui o golpe sangrento do Chile, vieram-me à memória outros golpes semelhantes ocorridos noutros países do continente americano: Guatemala, 1954, derrubamento do governo progressista de Jacobo Arbenz;
Brasil, 1964, derrubamento do governo progressista de João Goulart;
Granada, 1983, derrubamento do governo progressista de Maurice Bishop;
Honduras, 2009, derrubamento do governo progressista de Manuel Zelaya....
E por aí fora.

Com efeito, a História está cheia de exemplos de governos progressistas legítimos - e haverá algum governo progressista que não seja legítimo?... - derrubados por golpes militares de inspiração fascista ou fascizante.

No continente europeu como no asiático, no africano como no americano, dezenas de golpes militares reaccionários, qual deles o mais brutal, foram levados à prática, esmagando a democracia e a liberdade e cada um deixando atrás de si um imenso rasto de dor, de sofrimento e de sangue.

Há, no entanto, um traço comum a todos esses golpes que importa assinalar: os Estados Unidos da América estavam lá, em todos eles, na sua organização, planificação e concretização; na imediata entrega do poder a governos fascistas; no apoio incondicional a esses governos e às suas práticas criminosas.
Essa é uma verdade incontestável.

E também é verdade que não há memória de um só caso em que o imperialismo norte-americano tenha estado do outro lado, isto é, do lado dos povos que, através de lutas heróicas, se libertaram de ditaduras fascistas.
(E, nesse sentido, nunca é demais relembrar o nosso caso: os EUA estiveram com o regime fascista de Salazar/Caetano até ao dia 24 de Abril de 1974 - e estiveram com a contra-revolução desde o dia 25 de Abril de 1974...)

No entanto, todos os dias os média dominantes, pelas mais diversas formas, no dizem que os EUA são o expoente máximo da democracia, da liberdade e dos direitos humanos - com a agravante de milhões de pessoas, em todo o planeta, acreditarem que assim é...

E esse é, certamente, o mais colossal embuste da História - e o que mais trágicas consequências tem para toda a Humanidade.

9 comentários:

  1. Em todos esses golpes, os americanos assinam com sangue a sua presença.
    Onde há paz, os americanos fazem guerra!
    Onde há democracia, os americanos instauram o fascismo!
    Por onde os americanos passam deixam o fedor da sua política ou seja, o sangue, a morte, a tortura, a desolação e a miséria.
    Usam todo o tipo de armas, as mais baratas e infalíveis são, a comunicação social.

    Bjs,

    GR

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  2. Embuste que é preciso ir desmascarando, mesmo arrostando com a incompreensão dos ainda "crentes"...

    Abraço.

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  3. É esta a democraCIA deles. Que vamos continuar a denunciar e combater. Com toda a força que tivermos e através dos meios ao nosso alcance.

    Um beijo grande.
    Maria

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  4. A propaganda consegue fazer passar o preto pelo branco.

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  5. Vamos continuando a nossa luta, combatendo e denunciando todas as mentiras desses senhores.
    A Luta Continua!
    Um Abraço

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  6. Tantos golpes dos Estados Unidos contra governos progessistas legais mesmo à maneira deles!!!!!!!
    De facto,do outro lado,
    nunca estiveram.
    Infelizmente ainda há muitas pessoas que acreditam no embuste americano. Cada vez mais é preciso desmascarar e lutar. Eles não merecem perdão porque nunca tiveram um mínimo de razão.

    Um beijo e muita revolta.

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  7. Estiveram,estão e estarão.
    Então a sobrevivência deles não depende disso?
    Um abraço,
    mário

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  8. Brilhante lição de história contemporânea, para que a memória não se perca.

    Obrigado e um abraço.

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  9. GR: é a isso, certamente, que eles chamam o «sonho americano»...
    Um beijo.

    samuel: os «crentes» estão... cheios de «crença»...
    Um abraço.

    Maria: água mole em pedra dura...
    Um beijo grande.

    Antuã: «uma mentira muitas vezes repetida...»
    Um abraço.

    Hilario: não há outro caminho.
    Um abraço.

    Graciete Rietsch: é preciso avisar toda a gente...
    Um beijo.

    Mário: claro que depende.
    Um abraço.

    joão l.henrique: um abraço.

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