POEMA

PROVÍNCIA


XI


(Anotação num canto da folha onde escrevi as "Papoilas", versos funcionais para uma canção de Fernando Lopes-Graça, meu amigo e companheiro de férias na Serra)


Olha, ainda há flores!
Mas quem se atreve
a cantar as flores do verde pino
no madrigal desta manhã de pesadelos?

E tu, papoila, minha bandeira breve,
quando voltarás ao teu destino
de enfeitar cabelos?


José Gomes Ferreira

7 comentários:

  1. Novamente repetimos este poema, com melancolia.
    Mas a confiança por melhores dias reforça-se, e as rubras papoilas irão desfraldar.

    Bjs,

    GR

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  2. Belíssima "anotação"!
    É neste madrigal de pesadelos que maie é preciso cantar...

    Abraço.

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  3. As paoilas crescerão como "um grito vermelho" e como elas cresceremos também.

    Mais uma vez me repito.Belo poema.

    Um beijo

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  4. Continuam a ser precisas como bandeiras breves...mas um dia voltarão a ser apenas um enfeite de cabelo!

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  5. Os cabelos das portuguesas, merecem ser enfeitados com papoilas!
    Abraço

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  6. A bandeira será breve, mas o vermelho da papoila é único! E nosso! E para sempre!

    Um beijo grande.

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  7. GR: «Ó papoilas dos trigais

    samuel: ... em ondas de cor, em ondas de cor

    Graciete Rietsch: ... em ondas de cor

    Justine:...sangrentas como punhais

    poesianopopular:... do nosso suor

    Maria:... do nosso suor»

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