O CICLO DO ÁLCOOL
3
Mãe-Negra contou:
«eu disse:
filhinho
beba isso coisa não...
Filhinho riu tanto tanto!...»
Nhá Rita calou-se.
Só os olhos e as rugas
estremeceram um sorriso longínquo.
- E depois Mãe-Negra?
«Oh!
filhinho
entrou no vinhateiro
vinhateiro entrou nele...»
Os olhos de nhá Rita
estão avermelhados de tristeza.
«Hum!
filhinho
ficou esquecendo sua mãe!...»
Francisco José Tenreiro
(«Ilha de Nome Santo»)
Belo poema.
ResponderEliminarUm Abraço
Este Francisco José Tenreiro, que eu não conhecia, é uma agradável surpresa...
ResponderEliminarUm beijo grande.
Uma realidade triste,
ResponderEliminarEscrita com muita beleza.
Bjs,
GR
A "civilização" e os seus caminhos insondáveis...
ResponderEliminarAbraço.
Poeta que eu não conhecia mas que é tão belo e descreve tão bem a realidade do seu país!!!!!!!
ResponderEliminarE hoje, a este país civilizado da Europa, ele aplica-se totalmente.
Tanta miséria, tanto vício, tanto crime, tanta violência, cuja origem está na exploração desenfreada que domina a nossa sociedade!!!!!
Um beijo.