POEMA

TELEGRAMA AO POETA


Poeta, mantém o estado de vigília,
está atento, não adormeças.
Quando os pássaros dormem
as plumas são fofas
mas o canto é ausente
as asas inúteis

e as cabeças decapitadas.


Sidónio Muralha

(«Que Saudades do Mar» - 1971)

5 comentários:

  1. Infelizmente, há tantos poetas fofos... decorativos.
    Tão bem instalados que já nem dão pela falta do canto, nem das asas, nem da cabeça.

    Abraço.

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  2. É preciso estar alerta!
    (e que saudades do mar...)

    Um beijo grande.

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  3. Grande Sidónio Muralha. De facto para que servem as asas se as esquecemos, envolvidos nas plumas?
    Um grande abraço.

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  4. samuel: é o que por aí não falta...
    Um abraço.

    Maria: o MAR!
    Um beijo grande.

    samuel: pois não, pois não...
    Um beijo.

    Graciete Rietsch: é isso.
    Um beijo.

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