POEMA

PICASSO


Outro pintor das grutas de Altamira
solta os bisontes da imaginação.
Com as mãos selvagens de Vulcano, atira
raios e setas de renovação.

Outro filho da Ibéria
restitui a matéria
às suas formas simples, virginais.
Formas da infância que se não perdeu
neste chão europeu
de velhos e cansados rituais.


Miguel Torga

2 comentários:

  1. E serão atiradas tantas setas quantas as necessárias... é para isso que cá estamos!

    Um beijo grande

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