Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, está à beira de um ataque de nervos.
Sucedem-se os problemas que o flagelam e ao seu Governo.
Vejamos:
é a «crise»;
é, por causa da «crise», a banca privada falida - foram-se milhares de milhões de libras do Governo para a salvar - e re-salvar, já que alguns dos bancos, depois de salvos, faliram outra vez e outra vez tiveram que ser salvos com dinheiro do Governo (e vamos ver se isto fica por aqui);
é o intrincado problema do inquérito ao sempre sorridente Blair - há quem ache que o inquérito deve ser «arquivado» e há quem ache que o sempre sorridente deve ser julgado como criminoso de guerra que é;
é, agora, o Iémene, ou seja, o terrorismo, ou seja: Bush e Blair... perdão: Obama e Brown preocupadíssimos com armas de destruição massiça... perdão: com as «bases da Al-Qaeda» ali instaladas - e, para já, começaram por atirar umas bombas para uma dessas «bases» matando 64 pessoas, entre as quais 23 mulheres e 17 crianças;
enfim, é um mundo de problemas, tantos que remetem para a insignificância coisas como as reivindicações de aumentos de salários pelos trabalhadores - reivindicações obviamente despropositadas e desajustadas, coisa de gente que não percebe que há uma «crise» e que a «crise» impõe sacrifícios, e que, e que, e que...
Para complicar ainda mais a vida ao primeiro-ministro, há agora esta reivindicação salarial proveninente da Família Real - que é paga pelo Estado, ou seja, pelo Governo, ou seja pelos contribuintes, ou seja: pelos trabalhadores com trabalho, pelos que ganham bem, pelos que ganham mal, pelos desempregados...
Há quem ache que o salário actual da Rainha - o equivalente a 46,5 milhões de euros/ano - chega e há quem ache que é pouco.
Perante isto, que fazer?
Vejamos:
que o salário é pouco, prova-o o facto, incontestável e incontestado, de a Família Real, em 2009, ter gasto logo nos primeiros três meses todo o dinheiro do ano...
Não por esbanjamento, de maneira nenhuma, mas a verdade é que as despesas da Família são muitas e todas elas imprescindíveis.
Só um exemplo, para ver como a vida está cara: só «a redecoração do alojamento universitário da princeza Beatriz custou 281 600 libras»...
Portanto, como se vê, a Rainha tem que ser aumentada.
E outra coisa não é de esperar do primeiro-ministro e do seu Governo.
Que importa que o salário real dos trabalhadores baixe?
O que é preciso é que o real salário de Sua Majestade suba.
Claro que o Real Salário vai subir! Assim subisse igualmente a revolta daqueles que realmente lhe pagam os anacrónicos luxos...
ResponderEliminarAbraço.
Nem sei muito bem o que dizer... mas os britânicos têm, de uma forma geral, uma maneira de ser um pouco esquisita, portanto não admira que concordem com o aumento do real salário embora sofram as consequências...
ResponderEliminarUm beijo grande
Sempre é sangue azul!...
ResponderEliminarO ser humano é imprevisível,e imprescindível para os sociólogos,que tambem o acham por vezes imprevisível!
ResponderEliminarMas, tambem existem os desumanos dos quais, já não há nada a esperar!
Abraço
de fina ironia! para grossos roubos!
ResponderEliminarum abraço
Será que a família real ainda vai fazer greve por melhor salário?
ResponderEliminarUm real abraço.
Tal como lá, também aqui os "reais salários" se encarregam de
ResponderEliminar"compensar" os salários reais.
Um beijo.