SONETO ESCRITO NA MORTE
DE TODOS OS ANTIFASCISTAS
ASSASSINADOS PELA PIDE
Vararam-te no corpo e não na força
e não importa o nome de quem eras
naquela tarde foste apenas corça
indefesa morrendo às mãos das feras.
Mas feras é demais. Apenas hienas
tão pútridas tão fétidas tão cães
que na sombra farejam as algemas
do nome agora morto que tu tens.
Morreste às mãos da tarde mas foi cedo.
Morreste porque não às mãos do medo
que a todos pôs calados e cativos.
Por essa tarde havemos de vingar-te
por essa morte havemos de cantar-te:
Para nós não há mortos. Só há vivos.
José Carlos Ary dos Santos
"Mas feras é demais. Apenas hienas"
ResponderEliminarComo sempre. Como ainda hoje. Não tardarão aqui mais uns "comentários" para o confirmar...
Abraço.
Parece que os rastejantes não passaram neste post...
ResponderEliminarGrande Ary!!!
Um beijo grande
samuel: na verdade, eles andam por aqui...
ResponderEliminarUm abraço.
Maria: foram rastejar para outras bandas...
Um beijo grande.