DAI-ME UM NOME
Dai-me um nome, um só nome
para tudo quanto voa:
cardo pedra romã.
Um só nome para o desejo
ser na manhã corola
de cal, cotovia,
chama subindo
baixando até ser incêndio
de amor rente ao chão.
Um só nome para que tudo,
rosa excremento mar,
possa entrar numa canção.
Eugénio de Andrade
(«Os Lugares do Lume» - 1998)
Tudo pode entrar numa canção... pela mão dos grandes.
ResponderEliminarAbraço.
Um nome?!
ResponderEliminarVIDA!
beijos
samuel: se o Neruda até escreveu uma «ode `a cebola»...
ResponderEliminarUm abraço.
Ana Camarra: por exemplo...
Um beijo.
Ternura, amor, canção, abraço, dor, coração... e ele quer apenas um nome...
ResponderEliminarUm beijo grande
Maria: um nome: Ary.
ResponderEliminarUm beijo grande.
Maria: queria dizer: Eugénio, obviamente...
ResponderEliminarUm beijo grande.