POEMA

O MINEIRO E O DIAMANTE


Mineiro pobre e viúvo.
De volta do turno da noite,
ao descalçar as botas, encontrou,
em uma delas,
um pequeno diamante.
Tão breve no tamanho que alembrava
a mais pequena das estrelas
na escuridão da noite.
Não se conteve. Chamou a filha.
E no azul dos olhos dela viu
o pequeno diamante mais crescido que a estrela,
que a estrela de alva.
De repente, mergulhou a cabeça entre as mãos
e pensou: Entregá-lo à empresa das minas? Não.
Ninguém devolve uma estrela.
Sobretudo, uma estrela que fugiu da Via Láctea
e na bota de um mineiro se escondeu.


Luís Veiga Leitão

4 comentários:

  1. Seria justo... se a empresa das minas encontrasse maneira de devolver todas as vidas que roubou.

    Abraço.

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  2. Se era uma estrela...

    Um beijo grande

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  3. samuel: o que não é o caso, nem pouco mais ou menos...
    Um abraço.

    Maria: e era...
    Um beijo grande.

    Ana Camarra: São nossas...
    Um beijo.

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