POEMA

NA MINHA COURELA...


Na minha courela, enquanto a lavro,
é sempre manhã, mesmo se já noite.
O meu ofício farto
é o de cultivar sonhos.
Deito trigo à terra e nasce-me luz.
Deito luz à terra e nasce-me trigo.
Nem há mais exacta semente que esta,
que dá a colheita ao sabor da fome.


Armindo Rodrigues

8 comentários:

  1. Neste momento tantos estão a cultivar sonhos, colhendo mais tarde alegrias e vontades.
    Falta um dia, para "matar" saudades, de tão boa poesia.
    Grande e bom trabalho se tem feito nesta terriola, A Luta é o Caminho!

    Um BJ,

    GR

    ResponderEliminar
  2. A felicidade está,em cada um contentar-se com aquilo que consegue.
    Hoje estou dividido entre o Pinhal Novo e Setúbal!
    Abraço

    ResponderEliminar
  3. GR: e esse é um trabalho que, mais tarde ou mais cedo, dará frutos.
    Um beijo grande.

    amigona avó e a neta princesa: um abraço grande também para ti, camarada - e segunda-feira, a luta continua.

    Justine: semear sonhos é a mais bela das sementeiras.
    Um beijo.

    poesianopopular: domingo contamos os votos e segunda-feira continuamos a luta.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  4. Que poema mais bonito... que coisa...

    Um beijo grande

    ResponderEliminar
  5. Maria: é a nossa courela...
    Um beijo grande.

    samuel: nós e os nossos sonhos...
    Um abraço.

    ResponderEliminar