POEMA

(Lápide.)


Mozart morreu. E no meio da tempestade
de neve e abandono,
dois gatos-pingados
de rendas de luto
e vénias de minuete
lançaram o caixão
na vala comum,
a assobiar.

Todo o planeta
passou a ser a cova viva de Mozart.


José Gomes Ferreira
à(s)

5 comentários:

  1. samuel29 de agosto de 2009 às 23:46

    Nem pesadas lápides, com pesadas letras, prenderiam aquele génio... quanto mais uma vala comum!

    Abraço.

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  2. Maria30 de agosto de 2009 às 03:46

    Ler aqui é tão 'mais' diferente do que ler no livro... tem outra força!

    Um beijo grande

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  3. Justine30 de agosto de 2009 às 12:21

    Um encanto. Estou a re-descobrir JGF com a tua orientação...

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  4. Fernando Samuel30 de agosto de 2009 às 21:34

    samuel: por isso o planeta é a sua cova viva...
    Um abraço.

    Maria: às vezes é assim...
    Um beijo grande.

    Justine: desta série publicarei mais dois poemas. Depois... logo se vê...
    Um beijo.

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  5. Ana Camarra31 de agosto de 2009 às 20:08

    Por esse ele continua vivo!
    Vibrante, moderno.
    Os génios~nunca morrem!

    beijo GRANDE

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