POEMA

AQUELE QUE SE SENTOU À PORTA DO TEMPO


Aquele que se sentou à porta do tempo
e deixou dormir o pensamento sobre a relva
em demasia confiante ou desenganado

aquele que se sentou estupidamente no tempo
e o deixou escorrer irremediavelmente entre os dedos
como velha adormecida no outono

honestamente aproveitou o oásis
alheio ao decorrer das caravanas
no livro dos povos ficará
com o prolongamento dos tiranos.


Rui Namorado
à(s)

5 comentários:

  1. samuel10 de março de 2009 às 00:16

    Bela "resposta"!

    Abraço

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  2. Maria10 de março de 2009 às 03:54

    É isso mesmo!

    Outro beijo grande

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  3. Justine10 de março de 2009 às 16:07

    "Esperar não é saber..."
    Beijo

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  4. Ana Camarra10 de março de 2009 às 17:55

    Esperar é só esperar, por vezes alcança, por vezes desespera-se, mas para se alcançar tem de se fazer por isso, esperar só não chega.

    beijo

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  5. Fernando Samuel11 de março de 2009 às 00:11

    samuel: como se costuma dizer: na mouche...
    Um abraço.

    Maria: e outro para ti.

    Justine: vem, vamos embora...
    Um beijo.

    Ana Camarra: ou como dizia o arguto Santo Agostinho: «A esperança tem duas filhas lindas: a raiva e a coragem. Raiva do estado das coisas e coragem para mudá-lo»...
    Um beijo.

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