POEMA

CASA NA CHUVA


A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei porque voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora
já não vem à varanda para a ver cair
já não levanta os olhos da costura: ouves?
Oiço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.


Eugénio de Andrade

4 comentários:

  1. É um arrepio bom... mas dos que doem!

    ResponderEliminar
  2. Hoje não te consigo comentar...
    Belo Eugénio, sempre!

    Um beijo grande

    ResponderEliminar
  3. A chuva no nosso rosto, tantas vezes.

    beijos

    ResponderEliminar
  4. samuel: terrivelmente belo...
    Um abraço.

    Maria: Percebo...
    Um beijo grande.

    Ana Camarra: muitas, muitas vezes...
    Um beijo.

    ResponderEliminar