POEMA

FIANÇA


Como uma só cara tenho,
tenho uma palavra só.
Quem tem duas faz-me dó,
ou, pior, dele desdenho.
Sabedor de donde venho,
certo de para onde vou,
embora cego de pó,
em me encontrar me entretenho.
Sou senhor de algum engenho
e tenaz também o sou.
E àqueles a quem me dou
em dar-me inteiro me empenho.


Armindo Rodrigues
à(s)

8 comentários:

  1. Justine20 de fevereiro de 2009 às 16:19

    A força, a frontalidade e a honestidade. Tantos que não sabem o que este poema significa...

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  2. samuel20 de fevereiro de 2009 às 16:22

    Olha... mais um, que dos calcanhares do António queria era distância...

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  3. Anónimo20 de fevereiro de 2009 às 22:33

    ...e não é que, o armindo Rodrigues, tinha a mania de pensar, e dizer estas coisinhas simples!
    Obrigado camarada, por partilhares connosco estas palavras medicionais do Armindo Rodrigues.
    abraço

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  4. Anónimo20 de fevereiro de 2009 às 23:40

    Nem mais... Assim se fala.
    Abraço

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  5. Maria21 de fevereiro de 2009 às 19:20

    Belo este poema (como os outros dele). Mas este com uma força especial... pelo menos assim o li hoje.

    Um beijo grande

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  6. Fernando Samuel22 de fevereiro de 2009 às 12:59

    Justine: tantos, tantos, tantos!
    Um beijo.

    samuel: e que distância!...
    Um abraço.

    poesianopopular: o armindo era assim...
    Um abraço.

    momentosydocumentos: assim falava e assim fazia o Armindo...
    Um abraço

    Maria: uma força cheia de actualidade...
    Um beijo grande.

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  7. Ana Camarra23 de fevereiro de 2009 às 14:53

    Fernando Samuel

    Por acaso é das coisas que mais incomoda.

    beijos

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  8. Fernando Samuel27 de fevereiro de 2009 às 01:48

    Ana Camarra: se é!...

    Um beijo.

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